Outro dia eu estava sentado na sala, vendo meu filho brincar com blocos de montar. Ele estava concentrado, tentando equilibrar as pecinas para construir uma torre. A cada novo bloco colocado, a base tremia, e ele precisava repensar tudo.
Foi aí que eu percebi: é exmente assim que a vida funciona. A gente começa pequeno, vai montando nossas bases e, se algo não está firme, tudo pode desmoronar.Essa cena me fez refletir sobre as coisas que, como pais, deveríamos ensinar aos nossos filhos desde cedo.
Não apenas o básico do “bom dia” e “obrigado”, mas valores, comportamentos e habilidades que eles vão carregar pela vida toda.Quero compartilhar com você cinco aprendizados que considero fundamentais e que, se ensinados desde a infância, fazem uma diferença enorme no futuro dos nossos filhos.
Outro dia eu estava sentado na sala, vendo meu filho brincar com blocos de montar. Ele estava concentrado, tentando equilibrar as pecinhas para construir uma torre. A cada novo bloco colocado, a base tremia, e ele precisava repensar tudo.
Foi aí que eu percebi: é exatamente assim que a vida funciona. A gente começa pequeno, vai montando nossas bases e, se algo não está firme, tudo pode desmoronar.
Essa cena me fez refletir sobre as coisas que, como pais, deveríamos ensinar aos nossos filhos desde cedo. Não apenas o básico do “bom dia” e “obrigado”, mas valores, comportamentos e habilidades que eles vão carregar pela vida toda.
Quero compartilhar com você cinco aprendizados que considero fundamentais e que, se ensinados desde a infância, fazem uma diferença enorme no futuro dos nossos filhos.
Tópicos do artigo
Ensine seu filho a lidar com as emoções
Sabe aquela história de “engole o choro”? Pois é, ela pode fazer mais mal do que bem. Quando eu era pequeno, ouvi isso várias vezes. Cresci acreditando que sentir tristeza ou frustração era sinal de fraqueza. Só depois de adulto entendi o quanto isso me atrapalhou.
A inteligência emocional é uma das habilidades mais valiosas que uma pessoa pode ter. E ela começa a ser construída lá na infância, quando os sentimentos ainda são um grande mistério.
Quando seu filho chorar, em vez de dizer pra ele parar, pergunte: “O que você está sentindo?” ou “Quer me contar o que aconteceu?”. Isso ajuda a criança a reconhecer e nomear suas emoções, um passo essencial para aprender a lidar com elas.
Além disso, ensine que está tudo bem sentir raiva, medo, frustração ou tristeza. O importante é saber o que fazer com esses sentimentos.
Um exercício simples é, junto com a criança, pensar em estratégias: “Quando você estiver bravo, o que pode te acalmar?”.
O poder da empatia: colocar-se no lugar do outro
Certa vez, meu filho chegou em casa chateado porque um colega da escola havia rido dele durante uma apresentação.
Em vez de simplesmente dizer “esquece isso”, sentei com ele e disse: “Vamos tentar imaginar por que o colega riu. Será que ele estava nervoso? Ou talvez ele também tenha medo de falar na frente da turma?”. Ele parou, pensou, e respondeu: “Pode ser…”. A mágoa ainda estava lá, mas agora tinha um espaço para a compreensão.
Ensinar empatia é mostrar que o mundo não gira em torno do nosso umbigo. É ensinar que cada pessoa tem uma história, uma dor, um jeito de ver a vida. E que, antes de julgar, é melhor tentar entender.
Você pode usar histórias do cotidiano, filmes ou livros para explorar isso. Pergunte: “O que você acha que aquele personagem sentiu quando isso aconteceu com ele?” ou “Como você se sentiria no lugar dele?”. São perguntas simples, mas que plantam uma sementinha poderosa.
Educação financeira: uma lição que vale por toda a vida
Eu lembro da minha adolescência como um campo minado de decisões financeiras mal pensadas. Tudo porque eu não tinha aprendido a lidar com dinheiro desde cedo.
Só depois de muito tropeço percebi que educação financeira é tão essencial quanto aprender a ler e escrever.
E não, ensinar isso não precisa ser chato. Pelo contrário. Com meu filho, comecei com algo simples: uma caixinha com três divisórias, uma para gastar, uma para poupar e outra para doar. Toda vez que ele ganhava algum dinheiro, decidíamos juntos quanto iria para cada parte.
Com o tempo, ele começou a entender que, para comprar aquele brinquedo mais caro, precisava guardar por mais tempo.
Mais tarde, falamos sobre o valor do trabalho, de planejar antes de comprar, e até sobre como usar a internet para consultardanfe, entendendo para onde vai o dinheiro da família.
O mais interessante é ver como esse tipo de conversa cria autonomia e responsabilidade. Quando a criança entende o esforço envolvido em ganhar dinheiro, ela passa a valorizar mais o que tem e evita desperdícios.
Ensinar a errar. Sim, isso mesmo
Quantas vezes você errou hoje? Parece uma pergunta estranha, mas deveria ser normal. Desde pequenos, somos condicionados a evitar o erro a todo custo. Só que, na prática, é errando que a gente aprende. E não estou falando isso da boca pra fora.
Certa vez, meu filho tentou montar um quebra-cabeça bem acima da idade dele. Estava empolgado, mas depois de um tempo, começou a se frustrar.
Em vez de ajudá-lo a montar, sentei ao lado e disse: “Você quer tentar de novo? Posso te ajudar a pensar em uma nova forma”. Aos poucos, ele foi juntando as peças, errando menos, comemorando cada pequena conquista.
Quando a gente ensina uma criança que errar é parte do caminho, ela cresce com coragem. Ela aprende a tentar, a persistir, a aprender com os tombos.
E o mais bonito: aprende a ser gentil consigo mesma quando falha. Isso é autocompaixão, e é uma das maiores formas de força que alguém pode ter.
Autonomia com responsabilidade: o equilíbrio que transforma
Autonomia não é deixar a criança fazer tudo sozinha sem limites. Tampouco é resolver tudo por ela. É um equilíbrio delicado, mas poderoso.
Lembro de uma manhã em que meu filho queria fazer seu próprio lanche. Em vez de dizer “você ainda é pequeno pra isso”, disse: “Claro, vamos juntos”. Ele cortou a banana (com uma faquinha de plástico), passou manteiga no pão com todo cuidado e ficou radiante. Não porque fez tudo perfeitamente, mas porque se sentiu capaz.
Quando damos espaço para que a criança experimente, tome decisões, enfrente pequenas consequências, ela aprende a confiar em si.
E com essa confiança, vem a responsabilidade. Aos poucos, ela entende que suas ações têm impacto, que escolhas trazem resultados, e que ela tem poder sobre a própria vida.
Credito imagem – https://www.pexels.com